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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ensinar bem é... lidar com a diversidade.

Ensinar bem é...
... lidar com a diversidade

Na mesma proporcão em que, felizmente, aumenta o acesso das crianças brasileiras à escola, cresce a diversidade nas salas de aula. Uma turma pode reunir crianças de diferentes classes, regiões, culturas, crenças. Elas respondem de modos distintos a conteúdos, objetivos e exigências planejados para serem iguais para todos. O desafio, portanto, é não mascarar essas diferenças, mas valer-se delas para enriquecer o aprendizado e a vivência do grupo.
A diversidade entre os indivíduos é uma condição da natureza humana e está sempre presente em qualquer abordagem pedagógica. Isso não significa que lidar com ela seja simples. "Ainda estamos aprendendo a conviver com a diversidade", diz Roseli Fischmann, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Segundo ela, o caminho é "refletir em grupo, partilhar, buscar se compreender". O que você deve ter em mente é encontrar um equilíbrio entre objetivos comuns e necessidades pessoais de cada estudante.
A busca desse equilíbrio não é fácil. Primeiramente é preciso saber até que ponto todos os envolvidos, da equipe escolar aos pais de alunos, estão de acordo em aceitar que cada aluno tem direito a um ensino adaptado, na maior medida possível, a suas possibilidades e limitações.
Nem toda diversidade, no entanto, significa desigualdade. É o caso das diversidades culturais, de aptidões específicas etc. Esses são aspectos individuais que enriquecem a convivência coletiva. A você cabe ter sensibilidade para detectá-las e lidar com elas sem transformá-las em estigmas. "Trabalhar com a diversidade é normal; querer fomentá-la é discutível; regular toda a variabilidade nos indivíduos é perigoso", escreve o educador espanhol José Gimeno Sacristán.
Currículo e avaliação flexíveis
Quando as respostas da turma são desiguais em relação aos padrões de aprendizagem exigidos, é recomendável, além da revisão dos métodos de avaliação, adotar currículos flexíveis. Para isso é preciso definir claramente o que deve ser comum a todos os alunos e quais podem ser os conteúdos diferenciados. Finalmente, cabe a você cultivar conceitos como flexibilidade e tolerância. Eles são pré-requisitos para a boa convivência e a adaptação de pessoas diferentes a ambientes e objetivos comuns. "O mais importante é não ficar no discurso, mas adotá-lo na prática", diz a educadora Roseli Fischmann.
Viva a diferença
Para lidar com a diversidade é essencial:
  • definir o que é comum a todos e o que é particular em cada aluno;
  • criar diferentes ambientes de aprendizagem;
  • conhecer as particularidades dos alunos para estimular o interesse de cada um;
  • diversificar o material didático;
  • acompanhar a aprendizagem de cada estudante;
  • trocar informações e opiniões com outros professores;
  • não tentar mascarar nem destacar em excesso as diferenças dentro da turma.
Índice da edição 164 - ago/2003
Dísponivel em: www.revistaescola.abril.com.br/edicoes/0164/aberto/mt_243565.shtml - 29k -
Data do acesso: 12/03/09 as 00:45 h

Tudo depende do nosso olhar!


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Projeto escolar - LUIZ GONZAGA

GRUPO ESCOLAR MARECHAL ARTUR DA COSTA E SILVA

MARCELA BRUNA DA SILVA
COORDENADORA PEDAGÓGICA

PROJETO ESCOLAR
CULTURA REGIONAL: UM RETRATO DE LUIZ GONZAGA

SAIRÉ/PE
MAIO DE 2012

INTRODUÇÃO

As discussões em torno do respeito à diferença e as identidades étnicas vêm sido cada vez mais frequentes na atualidade, principalmente no campo da educação. Mas reconhecer e valorizar a multiculturalidade não tem sido fácil, uma vez que essa temática tem ranços e dimensões históricas de culturas arraigadas e de muitas negações.
O multiculturalismo foi crescendo ao longo dos anos junto com o desenvolvimento e a evolução dos direitos humanos e é sem dúvida um dos objetivos da educação. Assim, a cultura é inerente à educação. Podemos dizer então que a escola é uma instituição cultural. Desse modo, as atividades de valorização a cultura estão cada vez mais presentes nas salas de aula.
Pensando na construção da identidade dos nossos alunos, e no reconhecimento da cultura regional a qual ele está inserido, é que o presente projeto pretende caminhar pela vida e obra do Cantor, Compositor e Músico Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido também pelo “Rei do Baião”, que foi e é umas das figuras mais conhecidas da música popular brasileira.
Desse modo, este projeto tem como foco trabalhar a cultura regional a luz de Luiz Gonzaga. Outra justificativa para este trabalho é o fato de que o ano de 2012 é o ano do centenário de Luiz Gonzaga, assim sendo, encontramos uma oportunidade para levar o nosso educando a se aprofundar mais na história de suas raízes.
Entendemos então que um projeto dessa natureza encontra relevância social uma vez que tem a pretensão de promover, por meio do desenvolvimento de conteúdos e atividades de música, lazer, artes, língua portuguesa, história e geografia, momentos de discussões acerca de temáticas que encontram- se relacionadas ao cotidiano dos alunos do Grupo Escolar Marechal Artur da Costa e Silva.


UM RETRATO DE LUIZ GONZAGA

Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa. Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós.
Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro. Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona. Deu baixa em 1939 e foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova.
Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro. Começou a participar de programas de calouros, inicialmente sem êxitos, até que, no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, solou uma música sua, "Vira e mexe", e ficou em primeiro lugar. A partir de então, começou a participar de vários programas radiofônicos, inclusive gravando discos, como sanfoneiro, para outros artistas, até ser convidado para gravar como solista, em 1941.
Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Trabalhou na Rádio Clube do Brasil e na Rádio Tamoio, e prosseguia gravando seus mais de 50 solos de sanfona. Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino e começou a parceria com Miguel Lima, que colocou letra em "Vira e mexe", transformando-a em "Chamego", com bastante sucesso. Nessa época, recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.
Sua parceria com Miguel Lima decolou e várias músicas fizeram sucesso: "Dança, Mariquinha" e "Cortando Pano", "Penerô Xerém" e "Dezessete e Setecentos", agora gravadas pelo sanfoneiro e, também cantor, Luiz Lua Gonzaga. No mesmo ano, tornou-se parceiro do cearense Humberto

Teixeira, com quem sedimentou o ritmo do baião, com músicas que tematizavam a cultura e os costumes nordestinos. Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950).
Em 1945, assumiu a paternidade de Gonzaguinha, seu filho com a cantora e dançarina Odaléia. E, em 1948, casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião.
Outros ritmos, como a bossa-nova, subiram ao palco, e o Rei do Baião voltou a fazer shows pelo interior, sem perder a popularidade. Zé Dantas faleceu em 1962 e o rei fez parcerias com Hervê Cordovil, João Silva e outros. "Triste Partida" (1964), de Patativa do Assaré, foi também um grande sucesso. Suas músicas começaram a ser regravadas pelos jovens cantores: Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Caetano Veloso, que o citavam como uma das influências. Durante os anos 70, fez shows no Teatro Municipal, de São Paulo e no Tereza Raquel, do Rio de Janeiro.
Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Raimundo Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento etc. Sua dupla com Gonzaguinha deu certo. Fizeram shows por todo o país com "A Vida de Viajante", passando a ser chamado de Gonzagão. Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. (http://educacao.uol.com.br/biografias/luiz-gonzaga.jhtm)
Linha do tempo:
13 de dezembro de 1912 - Nascimento

1939 - Deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música;
1941 - Ele foi aplaudido executando Vira e Mexe , um tema de sabor regional, de sua autoria
1945 - Gravou sua primeira música como cantor;
1946 - Voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e o reencontro com seu pai;
1947 - Gravou a música Asa Branca;
1948 - Casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti;
1989 - Morreu vítima de parada cardiorrespiratória.

OBJETIVOS

Objetivo Geral:
Reconhecer a cultura regional como natural e própria, através da vida e obra de Luiz Gonzaga.

Objetivos Específicos:
·         Realizar discussões em torno de questões relacionadas à valorização da cultura regional;
·         Conhecer a biografia de Luiz Gonzaga;
·         Promover momentos práticos e reflexivos sobre a obra de Luiz Gonzaga;
·         Produzir Literatura de Cordel, Xilogravura, pesquisas, textos, materiais para exposição e apresentações culturais;
·         Visitar ambientes que retratam a cultura regional.

SUGESTÕES DE CONTEÚDOS E ATIVIDADES

·         Biografia de Luiz Gonzaga;
·         Músicas de Luiz Gonzaga;
·         Literatura de Cordel;
·         Xilogravura;
·         Gêneros musicais;
·         Paródia;
·         Desenho;
·         Danças regionais;
·         Vídeo;
·         Poema;
·         Pesquisa;
·         Leitura e interpretação de texto;
·         Confecção de cartazes;
·         Mural (Linha do tempo);
·         Visita ao Museu Luiz Gonzaga (Caruaru);
·         Visita ao Ateliê de J. Borges - Literatura de Cordel e Xilogravura (Bezerros).


PÚBLICO ALVO
Alunos e comunidade do Grupo Escolar Marechal Artur da Costa e Silva.


CULMINÂNCIA
Exposição – 29 de junho de 2012


CRONOGRAMA
Mês de Maio – Realização de atividades propostas;
Mês de Junho – Realização de atividades propostas;
Elaboração de atividades para as turmas apresentarem na culminância do Projeto;
Culminância do Projeto.

OLÁ AMIGOS! DESCULPEM A AUSÊNCIA, PERDI A SENHA DO BLOG... MAS AGORA RECUPEREI... ABRAÇOS!